“Warrior Nun“: O Bom E O Assim-Assim!
Hoje falo de uma série que acabei de ver há dias - "Warrior Nun".
Para quem não conhece, no passado mês de Julho esta série estreou na Netflix. Eu não conhecia a história, de todo, mas apareceu-me nas sugestões e decidi dar uma oportunidade. E ainda bem, porque acabei por gostar, se bem que há algumas coisas que podiam ser melhoradas.
"Warrior Nun" acompanha Ava, uma jovem (ex?)-tetraplégica que acorda numa morgue, sem saber como, não só capaz de andar, mas também com novos poderes, que ninguém consegue explicar.
NOTA: Imaginem uma miúda que (quase) não se mexia acordar num sítio que não conhece, com umas dores nas costas terríveis (vão perceber se virem a série) a conseguir andar, lutar, mexer-se no geral, vá, sem saber como!
Munida de incertezas e imensas questões, Ava procura respostas (lógico, certo?) e esta procura leva-a à Ordem da Espada Cruciforme, uma sociedade secreta de freiras guerreiras que juraram proteger o Mundo.
NOTA: Imaginem, novamente: uma miúda que descobre que já pode andar (algo que, durante muitos anos, se viu impedida de tal coisa). Acham que ela se vai importar com esta Ordem?
No entanto, nem tudo é "um mar de rosas", pois Ava acaba por se ver "presa" no meio de uma guerra entre o Bem e o Mal.
NOTA (acho que é a última): a série envolve figuras religiosas, terminologias e rituais religiosos, pelo que podem imaginar que esta série está a ser um pouco polémica tendo em conta a contestação por partes das pessoas crentes na religião.
"Warrior Nun" é uma das recentes adaptações de "Warrior Nun Areala", a polémica banda desenhada americana, da autoria de Ben Dunn, onde uma fictícia ordem feminina católica de religiosas com super-poderes tem como missão salvar o mundo de demónios. Esta banda desenhada levantou críticas tanto da Igreja Católica, como de não-religiosos nos anos 90, pois enquanto uns criticaram a sexualização das freiras, outros atacaram a glorificação de uma instituição como a Igreja Católica. Curiosamente, nos dias de hoje, está a existir esta mesma contestação.
Voltemos à história
Ava, na sua busca por respostas, e depois de saber que possui o Halo que a torna a Freira Guerreira ("Warrior Nun"), e não se querendo comprometer com esta sua nova responsabilidade, parte à descoberta do desconhecido e conhece JC, um ladrão por quem se apaixona. Este larga tudo (a vida dele era deveras interessante, acreditem!) e decide viajar com Ava, a fim de descobrirem o Mundo juntos (só a Ava, vá, porque ele já conhece bastantes sítios).
Ao mesmo tempo, vemos as restantes freiras pertencentes à Ordem à procura de Ava, tentando convencê-la a desempenhar activamente o papel que é dela "por direito". Nessa demanda, há uma freira (uma "Irmã") - Lilith - que não concorda com o facto de não ter sido escolhida, então persegue Ava para tentar tirar-lhe o Halo.
Metade da temporada persegue-a e depois desaparece. Porquê? Curiosamente, uns episódios à frente, volta a aparecer em cena, com um novo conhecimento. O que se passou neste entretanto?
Vamos ao momento em que Lilith desapareceu: há uma criatura demoníaca - uma Taraska - que aparece para retirar o Halo e, numa tentativa de matar Ava, Lilith coloca-se entre eles e é "recolhida" juntamente com a Taraska para um local que não conhecemos. Será o Inferno? Será o Céu? Ninguém sabe. Segunda temporada? Talvez. Se bem que esta ainda não se encontra confirmada.
Neste ataque, que decorre mesmo à frente de JC, este desaparece de cena. Assim, sem mais nem menos. Para nunca mais voltar durante a primeira temporada. Porquê? Não sei. Quer dizer, a Ava apaixona-se pelo miúdo que até "tem pinta" e os autores fazem-no desaparecer assim, do nada?! Esperemos que volte para a segunda temporada para, pelo menos, dar uma explicação à moça, não?
Mais factos
Ava é aconselhada pela Irmã Mary e pelo Padre Vincent. A Irmã Mary é uma freira "diferente". Mata tudo à pistolada e à pancada, por isso é a Badass Sister. Vão por mim: ela intimida. No último episódio, vemos a Irmã Mary a ser atacada por demónios. E é esta a última cena do último episódio da primeira temporada.
O Padre VIncent dá a conhecer a Ava a origem da Ordem da Espada Cruciforme, iniciada pela Irmã Areala, que juntou um grupo de freiras para, juntas, derrotarem demónios. No meio desta história, é-lhe dado a conhecer Adriel, o "Anjo" que lhe colocou o seu Halo para a salvar.
MAS ATENÇÃO!! Ele não é nenhum "Anjo"! E vocês percebem isso no último episódio. Assim como percebem que, afinal, o Padre Vincent não é assim tão amigo, mas sim um traidor! Sim, meus amigos e amigas, o Padre é um traidor! Shame! Shame! Shame!
Portanto, já temos aqui umas quantas questões que ficam no ar, certo?
Onde está JC?
Lilith foi "sugada" para onde?
Quem, afinal, é Adriel?
A Irmã Mary sobrevive ao ataque final liderado por Adriel?
Padre Vincent: qual o papel dele no meio disto tudo?
Mas "Warrior Nun" não fica por aqui. "Paralelamente", temos um laboratório, liderado pela Dr. Salvius, com experiências debruçadas sobre Divinium, um metal precioso e bastante importante na luta contra os demónios. Para além disso, tem uma arca que é, na realidade, um portal para outro Mundo. Qual? Não sabemos!
Dr. Salvius tem um filho - Michael - que padece de uma doença inexplicável - lá está, mais uma coisa que não se entende - e que, no último episódio, passa pelo portal e desaparece. Para onde foi? Pois, nem eu sei!
Para finalizar - e fugindo um pouco mais da história - Ava é interpretada por Alba Baptista, uma actriz portuguesa que conseguiu este papel de protagonista - palmas para actores portugueses que se encontram a "vingar" lá fora - se calhar porque aqui não lhes dão o devido valor. Para além disso, também conta com a presença de Joaquim d'Almeida, que desempenha o papel de Cardeal Duretti que, ao início, pensamos que é o vilão, mas que, no último episódio, percebemos as razões para a postura dele.
Agora sim, para finalizar, "Warrior Nun" é uma série cuja primeira temporada deixou muitas questões em aberto para uma possível segunda temporada - que eu espero que se realize porque há muita coisa que eu fiquei sem perceber, por isso, senhores do Netflix, desenrasquem-se, mas eu quero uma segunda temporada!! E não devo ser o único.
Acabei de ver ontem. Olha gostei no início, depois no meio achei que tinha algumas incongruências (e até adormeci) mas depois no final voltei a prestar atenção e a gostar. Estava a desconfiar do Duretti (como somos guiados a fazer) e por esse prisma a série está bem feita. Agora fica no ar a questão do Adriel sim, como bem dizes, e já agora o que aconteceu à Lilith e para onde foi o miúdo lá no laboratório?!
ResponderEliminarA ver se vai existir uma segunda temporada e se esta nos irá responder a todas as questões que ficaram no ar ;)
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